sábado, 28 de agosto de 2021

Grada Kilomba: Episodios de racismo cotidiano

 


Plantation memories: Episodes of Everyday Racism – 2008 – solamente fue traducido al portugués en 2019 y es obra de la autora portuguesa Grada Kilomba, psicóloga, escritora, maestra y una artista increíble; fue el libro más vendido de FLIP (Feria Literaria Internacional Paraty) en 2019.

Recuerdos de la palntación es un estudio que Grada hace con mujeres afro-alemanas negras ó viviendo en Alemania. Grada Kilomba actualmente vive en Alemania donde estudió doctorado en Filosofía en la Freie Universität Berlin y busca entender cómo el racismo afecta la vida de estas mujeres negras en su vida diaria.

Temas como la soledad, los estereotipos, la política, la sexualidad, el afecto, el suicidio y la estética son tomados de una manera que nunca había visto antes. En el primer capítulo, Grada nos cuenta una experiencia vivida de ir arreglar los papeles para comenzar su doctorado en Alemania, y como la gente la trataba: a veces dudando que fuera estudiante, a veces «sugiriendo» que ella necesitaba ocupar ese espacio.

Este libro les confeso que agitó mi emocional, activó algunos disparadores, pero fue sumamente importante para mí revisar varios pensamientos sobre el mundo y sobre mi misma. Darme cuenta de que me violan todos los días es bastante complicado, pero es real. Primero por ser negra y luego por ser mujer, y cómo esta escala de opresión nos golpea a muchas de nosotras en cualquier parte del mundo.

Foto: Grada Kilomba (Instagram)

Es esta la visión que Grada trae en este libro; lo importante que es entender a las mujeres negras como sujetos en nuestra sociedad, y es imprescindible escuchar lo que estas mujeres tienen a decir sobre la vida cotidiana. Esta es la única forma de entender el concepto de interseccionalidad que la autora siempre señala: luchando por todas las causas, no puedes ser feminista y racista al mismo tiempo, es esencial luchar contra todas las formas de opresión que nos rodean.

Si bien es un grito de ayuda, es también un estudio de cómo en los últimos años este tema ha sido tratado, silenciado la mayor parte del tiempo, pero refuerza la importancia de que las mujeres negras estamos en esta lucha, lo significativo que es nuestra producción de conocimiento, el ingreso a la universidades y tantos otros espacios que nos negaron atraves del tiempo y aún lo niegan, en pleno siglo XXI, y persistimos porque hay un proposito más grande! La liberación de la opresión para todos los estratos sociales, el fin de desigualdades

Recuerdos de la plantación: episodios del racismo cotidiano también muestra como personas privilegiadas están trabajando para combatir estas opresiones y llamar su atención sobre su responsabilidad frente a estos problemas; es fundamental que gente blanca quede atenta a esto, porque es en el cotidiano de la vida que somos asfixiadas por las violencias del racismo, homofobia que son diariamente reproducidos;  es necesario abandonar la zona de comodidad, y eso no significa que «ustedes» tengan que renunciar a todo lo que «tienen», pero que todos deben tener, entonces, ¿qué «usted» hace para contribuir día a día contra las desigualdades sociales?

Memórias da Plantação, de Grada Kilomba

Traducción Helena Silvestre

O livro Memórias da Plantação: episódios de racismos cotidianos – de 2008 -foi traduzido para o português somente em 2019 e é obra da autora portuguesa Grada Kilomba, psicóloga, escritora, professora e uma artista incrível, foi o livro mais vendido da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) de 2019.

Memórias da Plantação é um estudo que Grada faz com mulheres negras afro-alemãs ou que vivem na Alemanha. Grada Kilomba atualmente vive na Alemanha onde cursou doutorado em Filosofia na Freie Universität Berlin. E busca compreender como o racismo afeta a vida dessas mulheres negras no dia a dia. 

Temas como solidão, estereótipos, politicas, sexualidade, afeto, suicídio e estética são abordados de uma maneira como nunca havia visto,  no primeiro capitulo Grada conta uma experiencia que teve ao ir realizar sua matricula no doutorado na Alemanha, e como as pessoas a tratavam: ora duvidando que ela era estudante ora “sugerindo” que ela não precisasse ocupar aquele espaço.   

Este livro confesso que mexeu com meu emocional, ativou alguns gatilhos, mas foi extremamente importante para que eu pudesse revisitar vários pensamentos sobre o mundo e sobre mim. Perceber que sou violentada todos os dias é bem complicado, mas é real. Primeiro por ser negra e depois por ser mulher, e como essa escala de opressões atinge várias de nós em qualquer lugar do mundo. 

É essa visão que Grada traz neste livro de como que é importante entender a mulher negra como sujeito em nossa sociedade, e é imprescindível ouvir o que estas mulheres têm a dizer sobre sua vida cotidiana. Só assim é possível entender o conceito de interseccionalidade que a autora sempre pontua: lutar por todas as causas, não dá para ser feminista e racista ao mesmo tempo, é essencial lutar contra todas as formas de opressões que nos rodeiam. 

Ao tempo que é um grito de socorro, é um estudo de como nos últimos anos essa problemática vem sendo tratada, silenciada na maioria das vezes, mas reforça a importância que nós mulheres negras temos nessa luta, o quão significativa é o nossa produção de conhecimento, o adentrar nas universidades e em tanto outros espaços que nos foram negados ao longo do tempo, e ainda são, em pleno século XXI, e que estamos persistindo, pois há um proposito maior! A libertação das opressões para todas as camadas sociais, o fim das desigualdades. 

Memórias da Plantação: episódio de racismos cotidianos é também mostrar o como pessoas privilegiadas estão atuando no combate a essas opressões, é chama-los a atenção para a responsabilidade que possuem diante dessas questões; é preciso que pessoas brancas se atentem para isso, pois é no dia a dia que somos sufocadas pelas violências do racismo, do machismo, da homofobia que são reproduzidos cotidianamente, e é preciso sair da zona de conforto, e isso não significa que “vocês” tenham que abdicar de tudo que “vocês tem”, mas que é preciso que todos tenham, então o que “vocês” fazem para contribuir no dia a dia contra as desigualdades sociais?  

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